CAPÍTULO 3: DESAFIOS
3.1 Condicionalismos de tempo
É justo dizer que os atrasos burocráticos e as questões técnicas imprevistas representam desafios significativos para a execução atempada dos projectos de reabilitação urbana em Portugal. Estes atrasos têm o potencial de aumentar os custos dos projectos e reduzir a sua viabilidade económica, o que pode desencorajar os proprietários e os investidores de procederem às reabilitações necessárias.
3.2 Incapacidade financeira
Um dos principais desafios que os proprietários e investidores enfrentam na reabilitação de imóveis devolutos é a falta de opções de financiamento acessíveis. Os proprietários de pequenas propriedades têm frequentemente dificuldade em obter linhas de crédito favoráveis, devido às condições de empréstimo menos atractivas para a reabilitação urbana em comparação com a construção de novas propriedades. Esta incapacidade financeira pode prejudicar projectos promissores e contribuir para a desigualdade no acesso à habitação a preços acessíveis.
3.3 Falta de recursos humanos e materiais
Seria prudente reconhecer os desafios adicionais que a escassez de mão de obra qualificada para a construção e o aumento dos custos dos materiais de construção estão a colocar à execução eficaz dos projectos de reabilitação. O atual impacto da pandemia global contribuiu, infelizmente, para uma maior escassez de materiais, com um aumento dos custos. Além disso, o sector da construção em Portugal enfrenta atualmente uma notável escassez de trabalhadores qualificados, o que resulta em atrasos e no aumento dos custos de construção.
3.4 Conclusão
É evidente que os desafios que se colocam atualmente à revitalização urbana em Portugal, nomeadamente os constrangimentos temporais, a incapacidade financeira e a falta de recursos humanos e materiais, constituem obstáculos significativos ao progresso. Para ultrapassar estes obstáculos, é essencial considerar respostas estratégicas e inovadoras, que serão exploradas no próximo capítulo.